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Neurose, Psicose e Perversão

Neurose, Psicose e Perversão: três respostas do sujeito à castração No breve e denso texto “Neurose e Psicose” (1924), Sigmund Freud nos oferece uma contribuição essencial para compreender as estruturas clínicas fundamentais da psicanálise. Mesmo que a perversão não seja o foco central do ensaio, ela se articula à reflexão de maneira implícita, pois, para Freud, as neuroses, as psicoses e as perversões não são doenças isoladas, mas modos distintos de resposta do sujeito diante da realidade, do desejo e da perda estrutural que marca a condição humana . Freud parte de um ponto essencial: toda experiência subjetiva se organiza a partir do conflito entre o Eu (ego), o mundo externo e as exigências pulsionais do inconsciente. A subjetividade não é um dado pronto. Ela se constitui por meio de defesas, recalques, construções simbólicas e tentativas de dar sentido àquilo que escapa à razão. Nesse cenário, a realidade externa impõe limites, e o sujeito precisa lidar com a frustração, com a ...

Freud: neurose, psicose e perversão

Freud: neurose, psicose e perversão Freud não apenas decifrou os enigmas do inconsciente, ele os moldou em arquitetura. Como um arquiteto da alma, traçou as linhas mestras que sustentam as formas do sofrimento psíquico. Dentre as colunas centrais desse edifício interior, três se erguem com nitidez: a neurose, a psicose e a perversão. Não são doenças. São modos de estruturação da subjetividade, maneiras distintas de o sujeito se posicionar frente à castração, à lei, ao desejo e à alteridade. 1. A neurose: o drama do conflito A neurose é o palco onde se encena o drama do desejo recalcado. Aqui, o sujeito está dividido. Ele quer, mas não pode querer. O desejo, para o neurótico, é um abismo temido, uma ameaça à moral, à norma, ao amor do Outro. Por isso, ele recua. Mas o desejo não morre: ele retorna disfarçado, fantasiado, sintomatizado. O neurótico é um poeta do sintoma. Seu sofrimento se condensa em obsessões, fobias, sintomas histéricos. Na histeria, o corpo fala o que a boca não o...