Neurose, Psicose e Perversão: três respostas do sujeito à castração No breve e denso texto “Neurose e Psicose” (1924), Sigmund Freud nos oferece uma contribuição essencial para compreender as estruturas clínicas fundamentais da psicanálise. Mesmo que a perversão não seja o foco central do ensaio, ela se articula à reflexão de maneira implícita, pois, para Freud, as neuroses, as psicoses e as perversões não são doenças isoladas, mas modos distintos de resposta do sujeito diante da realidade, do desejo e da perda estrutural que marca a condição humana . Freud parte de um ponto essencial: toda experiência subjetiva se organiza a partir do conflito entre o Eu (ego), o mundo externo e as exigências pulsionais do inconsciente. A subjetividade não é um dado pronto. Ela se constitui por meio de defesas, recalques, construções simbólicas e tentativas de dar sentido àquilo que escapa à razão. Nesse cenário, a realidade externa impõe limites, e o sujeito precisa lidar com a frustração, com a ...
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