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Os Casos Clínicos de Sigmund Freud: uma viagem pela alma humana

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Os Casos Clínicos de Sigmund Freud: uma viagem pela alma humana No início da psicanálise, o consultório de Freud não era apenas um lugar de cura, mas um laboratório onde o espírito humano era dissecado com a precisão de um cirurgião da alma. Cada caso clínico narrado por ele não foi apenas uma história de sofrimento, mas uma tentativa de decifrar o enigma do inconsciente. Reunir seus casos é como percorrer o mapa do nascimento da própria psicanálise: o trauma, o desejo, o sintoma e o fantasma que nos habita. 1. 1893-1895 - Estudos sobre a Histeria (com Josef Breuer) Subtítulo: “Anna O., Emmy von N., Lucy R., Katharina e Elisabeth von R.” Aqui nascia a psicanálise. Freud e Breuer atenderam mulheres diagnosticadas com “histeria”, termo médico da época para sintomas corporais sem explicação orgânica. Bertha Pappenheim, conhecida como Anna O. , foi a primeira a perceber que suas dores e paralisias vinham de lembranças reprimidas. Ela mesma nomeou o método como talking cure,  a “c...

A Clínica da Descoberta: Os Casos que Forjaram a Psicanálise

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A Clínica da Descoberta: Os Casos que Forjaram a Psicanálise Subtítulo: A Sequência Histórica dos Encontros de Freud com o Inconsciente Os casos clínicos de Sigmund Freud são mais do que meros registros; são verdadeiras narrativas fundadoras, textos cruciais onde a teoria psicanalítica nasce, se transforma e se consolida. Analisá-los em sequência é acompanhar a evolução do pensamento freudiano, desde a etiologia da histeria até o Complexo de Édipo e a dinâmica das psicoses. O Início: A Descoberta da Transferência e a Histeria O primeiro grande relato de caso que marca o nascimento da técnica psicanalítica é o de Dora , publicado em 1905, embora o tratamento tenha ocorrido por volta de 1900-1901, com o subtítulo Fragmento de uma Análise de Histeria . A jovem de 18 anos, Ida Bauer, sofria de tosse nervosa e afonia. O caso é vital por dois motivos: ele reforça a ideia da etiologia sexual das neuroses e, crucialmente, é o palco onde Freud percebe a força incontornável da transferência . ...

O Inquietante Familiar: Quando a Realidade nos Causa Estranhamento

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O Inquietante Familiar: Quando a Realidade nos Causa Estranhamento Você já teve a sensação de que algo, ou alguém, perfeitamente familiar de repente pareceu estranho, quase ameaçador? Aquela casa da infância que, ao ser revisitada, transmite uma solidão opressiva. O reflexo no espelho que, por um segundo, parece não ser o seu. Ou até mesmo um robô com feições humanas que, em vez de nos encantar, nos causa um profundo desconforto. Essa sensação, que flutua entre o conhecido e o assustador, tem nome e uma profunda explicação na psicanálise: é o Inquietante Familiar , ou, no termo original de Sigmund Freud, "Das Unheimliche¹" . ¹. A pronúncia mais próxima e clara em português é:  "ÚN-RÁIM-LICH" . Vamos detalhar os sons para ficar mais fácil: UN: Pronuncia-se "ÚN" , com a ênfase da palavra nesta primeira sílaba, como em " ún ico". HEIM: Esta é a parte principal. O "H" tem um som aspirado, como o nosso "R" no início de palavras...